O Supremo Tribunal Federal articula antecipar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de “tentativa de golpe”, após os Estados Unidos sancionarem Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.
A manobra busca concluir o julgamento até o fim de agosto, antes da data inicialmente prevista. Internamente, ministros reagem à pressão de Trump rotulando-a como “chantagem”, ignorando que as sanções decorrem de práticas autoritárias amplamente denunciadas.
A estratégia revela temor da Corte diante da possibilidade de reações populares no 7 de Setembro. Ao acelerar o caso, o STF tenta evitar novo constrangimento institucional, mas escancara a seletividade e o viés político.
Enquanto processos de corrupção se arrastam por anos, o caso de Bolsonaro virou prioridade. A ânsia da Corte em responder à pressão externa compromete a isenção que o julgamento deveria preservar.