A decisão de Alexandre de Moraes de retirar o sigilo da delação de Mauro Cid gerou forte reação da oposição, que denuncia coação e tortura psicológica para forçar um depoimento alinhado aos interesses do STF. Parlamentares apontam que o militar foi pressionado, teve sua carreira destruída e foi ameaçado com a prisão de familiares. O senador Flávio Bolsonaro classificou o episódio como uma "chantagem descarada", destacando que Cid alterou sua versão dos fatos sob intimidação direta do ministro.
Líderes da oposição, como Sóstenes Cavalcante e Nikolas Ferreira, alertaram que o episódio expõe o abuso de poder do Judiciário. “Não é delação premiada, é coação premiada”, denunciou Sóstenes. Nikolas, por sua vez, cobrou um posicionamento do Senado, questionando até onde vai a arbitrariedade imposta pelo STF. O deputado Marcel van Hattem comparou os métodos de Moraes ao "pau de arara do século XXI", reforçando as críticas à condução do caso.
O ex-procurador Deltan Dallagnol ironizou a incoerência de ministros que, no passado, atacavam os métodos da Lava Jato e agora se calam diante da pressão sobre Cid. Ele citou declarações de Dias Toffoli que condenavam práticas semelhantes. O episódio agrava a crise entre o STF e a oposição, que promete revidar politicamente contra o que classifica como uma escalada autoritária do Judiciário.