Suínos: após acumular perdas na semana, sexta-feira (19) fecha com quedas mais brandas

Competitividade da carne suína aumenta em meio à desvalorização e à demanda enfraquecida no início do ano

· 1 minuto de leitura
Suínos: após acumular perdas na semana, sexta-feira (19) fecha com quedas mais brandas
Reprodução

A semana que se encerra nesta sexta-feira (19) trouxe uma série de desafios para o mercado de suínos, marcada por quedas sucessivas nos preços, embora mais brandas no fechamento. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que, diante dessa desvalorização, a carne suína vem ganhando competitividade em relação às suas concorrentes, como a bovina e a de frango.

A redução no valor da carcaça especial suína, após um período de quatro meses de alta contínua, é atribuída à combinação de uma demanda tipicamente enfraquecida no início do ano - devido às despesas adicionais enfrentadas pela população - e a uma oferta elevada. Essa última, em especial, provém majoritariamente dos agentes do Sul do país, considerado o maior polo produtor. Frigoríficos locais têm ofertado a carne a preços mais acessíveis, influenciando diretamente o mercado.

Em São Paulo, a Scot Consultoria registrou uma queda no preço médio da arroba do suíno CIF, que teve uma diminuição de 0,81%, custando, em média, R$ 122,00. Paralelamente, a carcaça especial sofreu uma redução de 1,10%, sendo comercializada a R$ 9,00/kg.

Os dados do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (18), indicam uma variação nos preços em diferentes estados. Em Minas Gerais, observou-se uma queda de 0,43%, com o preço chegando a R$ 6,93/kg. Em São Paulo, a redução foi de 1,05%, com o valor de R$ 6,61/kg. Entretanto, os preços se mantiveram estáveis no Paraná (R$ 6,11/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,02/kg), e Santa Catarina (R$ 6,00/kg).

Essa oscilação nos preços do mercado de suínos revela a dinâmica do setor agropecuário, suscetível a variações sazonais e à influência de fatores econômicos. A capacidade da indústria de se adaptar a essas mudanças e manter a competitividade será crucial para o equilíbrio e a sustentabilidade do mercado no longo prazo. As estratégias adotadas pelos produtores e frigoríficos nas regiões sulistas, em particular, demonstram uma resposta eficaz às atuais condições de mercado, permitindo uma adaptação estratégica frente aos desafios enfrentados no início deste ano.