Superando três anos marcados por desafios climáticos e econômicos, a Colômbia fechou seu último ciclo com um aumento notável de 2% na produção de café arábica. Este crescimento, recentemente relatado pela Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC) e divulgado pela Reuters, é um testemunho da tenacidade e adaptabilidade dos cafeicultores colombianos. No ano passado, a produção alcançou a expressiva marca de 11,3 milhões de sacas de 60 quilos, superando os 11,08 milhões de sacas produzidas em 2022.
O período desafiador vivenciado pela Colômbia foi intensificado pelos impactos do fenômeno climático La Niña, que trouxe excesso de chuvas ao país. Essas condições adversas não apenas afetaram a produção, mas também impulsionaram um movimento para a renovação do parque cafeeiro na Colômbia. Além disso, despertaram o interesse dos produtores pela variedade robusta, vista como uma alternativa viável para os desafios enfrentados pelos cafeicultores colombianos.
Em dezembro, o país sul-americano registrou uma produção de 1,22 milhões de sacas, um aumento expressivo de 24% em comparação com o mesmo período de 2022, quando a produção ficou em 981 mil sacas. Esse crescimento, em meio a condições climáticas desfavoráveis, reflete o comprometimento dos produtores colombianos com a excelência e a inovação no cultivo do café.
Entretanto, o sucesso na produção não foi acompanhado por um aumento nas exportações. Em 2023, houve uma queda de 7% nas exportações, totalizando 10,5 milhões de sacas, em comparação com o ano anterior. Essa discrepância entre produção e exportação destaca os desafios que ainda enfrentam os cafeicultores colombianos no mercado global.
Esses resultados são emblemáticos do espírito de resiliência e superação que caracteriza a agricultura colombiana. Apesar das adversidades naturais e econômicas, o país conseguiu não apenas manter, mas também aumentar sua produção de um dos cafés mais apreciados mundialmente. Este progresso demonstra a capacidade do setor cafeeiro da Colômbia de adaptar-se e prosperar, mesmo em tempos difíceis, solidificando sua posição como um dos principais produtores de café no cenário global.
