O surto do vírus Marburg na Tanzânia, com taxa de letalidade de até 88%, evidencia o impacto devastador de uma doença sem vacina ou tratamento eficaz. Já são oito mortes confirmadas em Kagera, uma região estratégica de trânsito internacional, ampliando o risco de disseminação para países vizinhos como Ruanda e Uganda. A falta de rastreamento eficiente e a detecção tardia dos casos agravam o cenário.
A transmissão ocorre por contato direto com fluidos corporais de infectados ou de morcegos frugívoros, destacando a vulnerabilidade das populações locais. A OMS alerta para o perigo de novos casos devido ao difícil isolamento e à precariedade das infraestruturas de saúde. Essa negligência histórica em áreas críticas da África resulta em desafios globais para conter doenças de alta letalidade.
A crise na Tanzânia reforça a urgência de fortalecer sistemas de vigilância epidemiológica e investir em soluções para emergências de saúde pública. Deixar essas regiões à margem é abrir caminho para surtos de proporções incontroláveis.