Durante o lançamento do programa “Agora Tem Especialistas”, o ministro Fernando Haddad admitiu que “o Brasil tem um sistema universal, mas não tem um orçamento público compatível com esse sistema”. A declaração evidencia a precariedade financeira do SUS, que sofre há anos com subfinanciamento e falta de recursos suficientes para manter a universalidade.
O novo programa tenta amenizar a crise permitindo que hospitais privados abatam dívidas fiscais oferecendo consultas e cirurgias em seis especialidades ao SUS, num movimento que demonstra a necessidade de soluções paliativas diante do esgotamento financeiro. São R$ 34 bilhões em dívidas de instituições privadas, sobretudo no Sudeste, envolvidos na iniciativa.
Especialistas veem o programa como medida emergencial, capaz de aliviar filas no curto prazo, mas alertam para o risco de normalizar o improviso. Sem investimento real e estrutural, o SUS caminha para um colapso inevitável, exposto na própria fala do governo.