O Sistema Único de Saúde (SUS) anunciou que financiará o betadinutuximabe, medicamento de R$ 2 milhões, para tratar neuroblastoma infantil de alto risco. Embora o anúncio possa parecer um avanço, conservadores enxergam outra realidade: o uso da saúde pública como palanque político. A questão que se impõe é: por que o governo insiste em gastar cifras astronômicas em tratamentos tardios, enquanto ignora a eficiência e a gestão dos recursos de base?
A burocracia e a lentidão no SUS são conhecidas, e a inclusão de um medicamento tão caro soa mais como manobra populista do que ação efetiva. Enquanto famílias sofrem pela falta de remédios básicos, o governo prefere destacar um caso isolado para se autopromover. Esse é o modus operandi de um governo que coloca holofotes em grandes anúncios, mas fecha os olhos para a falta de atendimento adequado e a crise nas filas intermináveis do sistema público.
A verdadeira solução passa por gestão eficiente e menos intervenção política. Um país que zela pelo bem-estar de sua população investe em saúde preventiva e não apenas em discursos eloquentes e tratamentos tardios.