A suspensão do X durante as eleições de 2024 não foi um evento isolado. Tratou-se de um teste claro de até onde os limites da liberdade podem ser estendidos, tudo para controlar vozes que desafiem o establishment. Mesmo com todos os esforços da plataforma para cumprir as exigências, o retorno foi negado. Isso mostrou o quão ameaçador é qualquer canal que dê espaço a opiniões que incomodem o poder. E essa repressão, disfarçada de "proteção", está apenas começando.
Jornalistas e advogados, outrora defensores da liberdade, apoiaram o bloqueio, celebrando como se fosse uma medida saudável. A população, anestesiada, aceitou a mordaça sem resistência, mostrando que a normalização do autoritarismo já se consolidou. As vozes que antes lutavam pela garantia de direitos fundamentais silenciaram-se quando o chicote estalou, e agora, resta o temor de que esse cenário se repita nas próximas eleições.
O bloqueio do X em 2024 não será o último. A estratégia já está traçada: silenciar qualquer oposição que ameace a manutenção do poder. Com 2026 no horizonte, é certo que medidas semelhantes voltarão a acontecer. O precedente foi aberto e a complacência da sociedade pode ser o maior facilitador para que o arbítrio se fortaleça cada vez mais.
