O Governo Federal do Brasil, no seu primeiro ano de gestão, estabeleceu como uma de suas principais metas fortalecer as relações diplomáticas e expandir as parcerias comerciais com países-chave em todo o mundo. No Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), além de conseguir ampliar significativamente os mercados para uma variedade de produtos agropecuários, houve um esforço notável para destacar as práticas sustentáveis e responsáveis adotadas pelo setor produtivo brasileiro no cenário internacional.
Um marco importante foi a atuação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, que participou de reuniões bilaterais com representantes de mais de 30 países e esteve presente em missões internacionais em 13 nações. Um exemplo notável desses esforços foi o acordo estabelecido com a Agência de Cooperação Internacional Japonesa (Jica) durante uma visita ao Japão. Este acordo prevê investimentos no programa de recuperação de pastagens degradadas, com o objetivo de adicionar até 40 milhões de hectares às áreas agricultáveis do Brasil em um período de 10 anos.
No início do ano, Fávaro anunciou o término do embargo chinês à carne brasileira, um avanço significativo considerando que a China é o principal mercado para as exportações da carne bovina do Brasil. O embargo, que durou 29 dias, foi imposto após a detecção de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB).
Além disso, o ano foi marcado pela abertura de 78 novos mercados em 39 países para produtos de diversos segmentos da agropecuária brasileira. Destacam-se as conquistas em grandes mercados, como a exportação de carnes bovinas e suínas para o México, esperada há duas décadas, e a abertura do mercado egípcio para o algodão brasileiro. Setores menores também tiveram oportunidades de expansão com essas novas aberturas de mercado.
Um desenvolvimento notável foi a adoção do sistema de “pre-listing” com o Chile para o comércio de carnes e ovos, tornando o Brasil o primeiro país latino-americano a implementar tal sistema. Esta medida simplifica o processo de habilitação de frigoríficos para exportação, pois permite que o país exportador realize a habilitação sanitária de acordo com as normas do país importador, eliminando a necessidade de inspeções individuais pelas autoridades chilenas.
Essas conquistas refletem um ano produtivo para a diplomacia comercial do Brasil, evidenciando não apenas a expansão de mercados para os produtos agropecuários, mas também o compromisso com práticas sustentáveis e responsáveis no setor.