Após sua derrota nas eleições municipais de São Paulo, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) se alinhou à PEC proposta pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que visa reduzir a jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais. A ideia, que visa melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, tem gerado debate sobre seus efeitos econômicos, especialmente entre os defensores do mercado livre e da livre concorrência, que temem que uma medida imposta sem uma transição gradual gere impactos negativos.
Economistas como Pedro Fernando Nery alertam para os riscos dessa redução abrupta, apontando que, embora alguns setores possam experimentar ganhos de produtividade, a medida pode aumentar o custo da mão de obra e afetar a empregabilidade, principalmente em pequenas e médias empresas. A proposta enfrenta forte resistência no Congresso, onde seu avanço parece incerto, especialmente diante da postura liberal da Câmara e das dificuldades políticas que ela enfrenta.
Mesmo com apoio de algumas figuras políticas e 134 assinaturas, a PEC precisa de 171 adesões para ser protocolada e tem poucos caminhos para a aprovação diante das tendências econômicas do país. A proposta reflete um dilema clássico entre o desejo de promover melhorias sociais e os riscos econômicos que podem ser impostos a longo prazo.