A crise energética que atingiu São Paulo, deixando milhões sem luz, revelou uma falha sistêmica na gestão do setor elétrico. O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, destacou que a responsabilização recairá sobre a Aneel e o Ministério de Minas e Energia, órgãos diretamente ligados à regulação e supervisão do fornecimento de energia. A população, sofrendo com o apagão, aguarda explicações e soluções diante de uma gestão que parece ter perdido o controle.
A Enel, concessionária responsável pelo fornecimento, se defende, alegando que o evento climático foi extremo e que não há equipamentos para mensurar tempestades dessa magnitude. No entanto, a justificativa não tem convencido. O apagão, além de afetar gravemente o cotidiano dos paulistanos, revelou a precariedade dos sistemas de monitoramento e prevenção de crises no setor energético. A falta de governança eficiente torna os consumidores reféns da inércia estatal.
Nardes afirmou que as esferas municipal, estadual e federal serão convocadas a assumir suas responsabilidades. Sem uma resposta concreta e ágil, o cenário pode piorar, com novos apagões iminentes. A população merece não apenas explicações, mas garantias de que não enfrentará novamente esse descaso com um serviço essencial.