TCU aponta maquiagem contábil e rombo bilionário nos Correios

Tribunal vê inconsistências graves e questiona governança da estatal

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TCU aponta maquiagem contábil e rombo bilionário nos Correios
 Fernando Frazão/Agência Brasil

O Tribunal de Contas da União identificou que os Correios deixaram de reconhecer despesas obrigatórias no balanço de 2023, produzindo um resultado artificialmente favorável. Entre os pontos levantados estão obrigações previdenciárias vencidas que não foram provisionadas, apesar de serem de pagamento certo. Para os auditores, os demonstrativos não refletiram a real situação financeira da estatal.

O TCU também apontou mudanças na política contábil sem justificativas técnicas claras, o que reduziu o impacto de despesas e ampliou a distorção nos números oficiais. A equipe interna de auditoria, que deveria validar ajustes sensíveis, não foi acionada durante a revisão, contrariando práticas mínimas de governança em empresas públicas.

Os Correios negaram irregularidades e afirmaram seguir as normas contábeis, mas o tribunal entende que as divergências precisam ser esclarecidas. O caso reacende o debate sobre a gestão das estatais e a necessidade de controles mais rigorosos para evitar que resultados sejam apresentados de forma distante da realidade financeira.