O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisará devolver um relógio de luxo recebido em 2005, avaliado em R$ 60 mil. A peça, um Cartier Santos Dumont, foi presenteada durante o "Ano do Brasil na França" e não será afetada pela decisão de 2023 que exige a devolução de presentes oficiais de alto valor. A área técnica do TCU alegou que a aplicação retroativa da regra poderia violar o princípio da segurança jurídica.
Em contraste, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um inquérito no STF por suposto desvio de joias recebidas durante seu mandato. A diferença de tratamento entre os dois ex-presidentes levanta dúvidas sobre a imparcialidade das instituições. Enquanto Lula mantém seu relógio sem contestação, Bolsonaro é investigado e pressionado a devolver itens de luxo recebidos em 2019. A decisão do TCU de liberar o relógio de Lula, enquanto o inquérito de Bolsonaro avança, destaca um tratamento desigual que desafia a credibilidade e a justiça do sistema.