O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou graves "distorções contábeis" de R$ 109 bilhões no balanço do primeiro ano do governo Lula (PT). O relatório do ministro Vital do Rêgo, aprovado por unanimidade, destaca discrepâncias em ativos, passivos e patrimônio, além de irregularidades na concessão de benefícios tributários. Com um aumento de 295% na renúncia de receita de 2023 a 2026 comparado aos anos anteriores, o relatório critica a irresponsabilidade fiscal e a falta de transparência do governo. “De cada R$ 5 que poderiam ser arrecadados, R$ 1 é convertido em benefício fiscal e não entra no caixa do Tesouro”, afirmou Vital do Rêgo.
O déficit de R$ 428 bilhões nos regimes de previdência e os R$ 274 bilhões em renúncias fiscais em 2023 evidenciam uma gestão desordenada e preocupante. Vital do Rêgo questionou a legitimidade do modelo de transferência de recursos públicos para o patrimônio de particulares e sugeriu a suspensão de novas concessões de benefícios fiscais. “A intenção é que a União pare de se endividar, pagando juros altíssimos, ao mesmo tempo em que concede esse tipo de benefício”, destacou. Com a análise do relatório agora no Congresso Nacional, a pressão aumenta para que o governo adote medidas de responsabilidade fiscal e ajuste suas contas públicas.