A Polícia Federal desmontou nesta quarta-feira (16) um esquema grotesco de manipulação eleitoral com potencial para comprometer o pleito de 2024. Com dez mandados de busca em cidades do Rio e de Minas, a “Operação Teatro Invisível II” revelou que atores pagos com dinheiro público encenavam situações políticas para enganar a população e favorecer certos candidatos.
O grupo criminoso firmava contratos com prefeituras fluminenses para serviços fantasmas. Os atores, então, simulavam conversas, brigas e denúncias falsas em locais movimentados, enquanto tudo era filmado e distribuído nas redes como se fossem acontecimentos reais. Segundo a PF, o teatro era meticulosamente ensaiado para destruir reputações e influenciar votos.
Além das encenações, há provas de “caixa dois”, lavagem de dinheiro e destruição de provas. As empresas envolvidas movimentavam valores incompatíveis com a realidade e lavavam recursos via contas de passagem. A Justiça bloqueou R$ 3,5 bilhões e suspendeu oito empresas. O enredo foi revelado. Agora, resta saber quem são os autores intelectuais dessa peça vergonhosa.