Em mais um movimento que escancara a perseguição contra Jair Bolsonaro, a presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, declarou que o ex-presidente pode perder sua patente de capitão do Exército e o salário correspondente, caso o STF o condene a mais de dois anos de prisão. Mesmo reformado, Bolsonaro segue sendo alvo de investidas que visam apagar sua história e enfraquecer sua imagem junto às Forças Armadas.
A ministra afirma que a medida é para mostrar que "ninguém está acima da lei", mas, na prática, soa como uma tentativa desesperada de romper o elo entre Bolsonaro e os militares, que sempre viram nele um defensor da pátria, da ordem e da disciplina. Tirar-lhe a farda seria um gesto simbólico de vingança, não de justiça.
Além de Bolsonaro, outros oficiais estão na mira de um processo que mais parece tribunal de exceção do que julgamento imparcial. Em nome de uma suposta legalidade, forças contrárias ao conservadorismo tentam reescrever a história e calar uma voz que não se curvou.
