Soraya Thronicke pediu nesta quarta (12) que a OAB investigue advogados que defendem réus do 8 de janeiro, acusando-os de “conluio” e “autopromoção”. A senadora afirmou que as defesas usam “narrativas idênticas” e insinuou que alguns profissionais estariam “escondendo foragidos”. Declarou ainda que “ninguém fala o nome de Jair Bolsonaro, mas todos defendem Bolsonaro”.
A denúncia, sem provas, gerou reação imediata entre juristas, que classificaram a fala como tentativa de intimidar a advocacia. “A semelhança das defesas decorre da semelhança das acusações”, rebateu um advogado. As defesas dos réus — em sua maioria cidadãos sem armas ou antecedentes seguem linha técnica comum para contestar excessos do STF e da PGR.
Thronicke, que já votou contra o impeachment de Dilma, agora apoia a perseguição a quem exerce o direito constitucional de defesa. Enquanto advogados enfrentam um sistema judicial politizado, a senadora transforma a advocacia em alvo, atacando o próprio alicerce do Estado de Direito: o direito de ser defendido.