O ministro Dias Toffoli estendeu à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, decisão que anulou provas cruciais do caso Odebrecht, bloqueando qualquer prisão ou pedido de extradição baseado nesses documentos. A medida tem gerado críticas por manter protegida uma condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, enquanto o marido, Ollanta Humala, cumpre pena no Peru.
A decisão de Toffoli ignora o mandado de prisão emitido pela Justiça peruana e impede que Heredia responda às condenações que têm base em acordos de leniência internacional. Críticos apontam que a medida fragiliza a cooperação judicial internacional e cria impunidade para envolvidos em esquemas de corrupção.
Ao conceder proteção legal a Heredia em território brasileiro, o ministro levanta questionamentos sobre limites da Justiça nacional diante de crimes comprovados no exterior, intensificando debates sobre segurança jurídica e responsabilidade de autoridades internacionais.