Com 93 anos de história reverenciada, a Cooperativa Vinícola Aurora, um marco no setor vitivinícola brasileiro, iniciou a recepção da safra 2024. A expectativa é colher 63 milhões de quilos de uva até março, um volume ligeiramente inferior em 2,5% à média da última década, que foi de 64,4 milhões de quilos. Este decréscimo, embora modesto, é atribuído aos efeitos do fenômeno El Niño na Serra Gaúcha, uma redução de 10,6% em comparação com a safra de 2023.
Nesta semana, a Aurora está recebendo variedades viníferas como Chardonnay, Pinot Noir e Malvasia de Cândia Aromática, além das uvas americanas e híbridas BRS Magna, BRS Violeta, Bordô e Isabel Precoce. A segunda quinzena verá a colheita de castas como Riesling Itálico, Egiodola e Viognier, mostrando a diversidade e a riqueza da vinicultura da região.
Maurício Bonafé, gerente Agrícola da Aurora, observa que os volumes iniciais são modestos, cerca de 200 mil quilos diários, mas espera-se um aumento significativo para quase 1 milhão de quilos por dia na próxima semana. "No auge da safra, em fevereiro, podemos receber até 2,5 milhões de quilos diários", afirma Bonafé, destacando a eficiência logística e o compromisso com a qualidade na operação da cooperativa.
Bonafé ressalta a excepcional qualidade e sanidade das uvas nesta temporada, especialmente a variedade Chardonnay, primordial na produção de espumantes de alta qualidade. "A Chardonnay apresenta ótimos níveis de acidez e grau brix, enquanto variedades como Magna, Violeta e Bordô exibem excelente padrão de cor e sanidade, fundamentais para a elaboração do nosso renomado suco de uva integral", assegura o gerente.
A trajetória da Aurora, desafiada por variações climáticas e a dinâmica de um mercado globalizado, permanece um exemplo de resiliência e comprometimento com a excelência. Esta safra de 2024 não é apenas uma colheita de uvas, mas também a reafirmação da dedicação da Aurora em manter a tradição, qualidade e a identidade do vinho brasileiro no cenário mundial.