Em meio à devastação no Rio Grande do Sul, que resultou em 147 mortos e 125 feridos e milhares de desabrigados, o presidente Lula (PT) preferiu encontrar-se com o ex-presidente argentino Alberto Fernández, enquanto o atual governo argentino, liderado por Javier Milei, oferecia assistência humanitária ao estado brasileiro. Fernández destacou nas redes sociais sua alegria em rever Lula e a solidariedade argentina diante da tragédia.
No mesmo dia, o governo de Milei autorizou uma operação conjunta de proteção civil para auxiliar o Rio Grande do Sul, respondendo ao pedido do governador Eduardo Leite (PSDB). A medida envolveu o envio de Capacetes Brancos para colaborar no resgate e na logística de abrigos, além do envio de um avião militar Hércules C-130 com estações purificadoras de água.
Essa discrepância de ações evidencia o descompasso entre o governo brasileiro e a nova administração argentina, colocando em foco as prioridades de Lula e seu distanciamento de Milei. A falta de contato direto entre os líderes desde a posse de Milei sublinha as divergências políticas e levanta questionamentos sobre a efetividade da cooperação regional em tempos de crise.