A própria Transparência Internacional reconheceu que houve “graves injustiças” e “evidentes violações do devido processo legal” nos julgamentos dos réus do 8 de janeiro. Contudo, a entidade tenta criticar o PL da Dosimetria sem enfrentar a contradição central: o mesmo tribunal, o mesmo ministro e o mesmo método que produziram condenações questionáveis para manifestantes teriam, segundo eles, realizado um “julgamento justo” contra o presidente Bolsonaro.
A ONG ainda fala em “negociatas escusas” na Câmara, mas silencia sobre os arranjos entre o STF e o governo que sustentaram decisões duras, aceleradas e politicamente convenientes. No fim, tentam apontar excessos óbvios sem tocar na narrativa oficial que os protege. É a crítica que não critica.
