O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) concluiu, com 5 votos a 2, pela não cassação do mandato de Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato. A decisão, marcada por intensos debates, abre caminho para possíveis recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme sinalizado pelo PT, parte interessada na cassação.
Durante a sessão, a defesa de Moro enfrentou momentos de tensão, especialmente após o voto do desembargador Eleitoral Julio Jacob Júnior, que estreitou a vantagem para 3 a 2. Contudo, seguindo a recomendação do relator Luciano Carrasco Falavinha Souza, a Corte inclinou-se pela manutenção do mandato, enfatizando a ausência de provas conclusivas de abuso de poder econômico.
Moro, acusado de campanha antecipada e uso indevido de recursos, tem sua trajetória política analisada sob a lupa da legalidade. Com uma carreira que transita de juiz a senador pelo Paraná, após períodos no Podemos e União Brasil, o caso põe em evidência os desafios da jurisprudência eleitoral e a necessidade de clareza nas normas que regem o financiamento e conduta de campanhas, garantindo a equidade do processo eleitoral.