Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a saída de Nísia Trindade do Ministério da Saúde, entregando o cargo a Alexandre Padilha. A mudança, longe de ser técnica, escancara o jogo político nos bastidores, onde interesses e alianças importam mais que competência. Nísia, ligada à Fiocruz, já vinha sendo “fritada” havia semanas, evidenciando a fragilidade da gestão. Sua demissão ocorre logo após um evento ao lado do presidente, provando que, nesse governo, lealdade não garante estabilidade.
A troca demonstra a falta de planejamento e coerência dentro do Executivo, que parece mais preocupado em acomodar aliados do que em garantir uma gestão eficiente na saúde pública. Padilha, que agora reassume o ministério, foi responsável pela pasta entre 2011 e 2014, período marcado por promessas vazias e problemas na área. Seu retorno reforça o ciclo vicioso de indicações políticas, onde nomes se repetem sem qualquer compromisso real com a melhoria do sistema.
A instabilidade no comando da Saúde reflete a fragilidade de um governo que prioriza a manutenção do poder em detrimento de resultados concretos. Enquanto as trocas ministeriais seguem o roteiro previsível das negociações de bastidor, a população continua refém de políticas ineficazes e de decisões que visam mais os interesses internos do que o bem-estar da sociedade.