Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, reacendeu discussões globais ao sugerir, em entrevista à NBC, que os EUA poderiam deixar a OTAN. Ele condicionou a permanência do país na aliança militar a um maior compromisso financeiro dos demais membros. “Eles não compram nossos carros, não compram nossos produtos alimentícios... e, ainda por cima, nós os defendemos”, criticou Trump, destacando a desproporcionalidade dos custos arcados pelos EUA.
A polêmica gira em torno da meta de investimento de 2% do PIB em defesa, historicamente negligenciada por vários países da OTAN. Embora a invasão russa à Ucrânia tenha incentivado um maior cumprimento dessa meta, Trump afirma que os EUA continuam sobrecarregados. “Minha atitude dura já trouxe centenas de bilhões de dólares adicionais para a OTAN”, declarou.
A possível retirada dos EUA da OTAN colocaria em xeque a segurança coletiva do Ocidente, baseada no artigo 5º do tratado, que prevê defesa mútua em caso de ataque. A exigência de Trump por justiça financeira reflete a necessidade de reformar alianças estratégicas, buscando equilíbrio e proteção eficiente para todos os membros.