A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados atinge diretamente a indústria siderúrgica brasileira, que depende dos EUA como principal mercado. O setor, que exportou US$ 6 bilhões em 2024, agora enfrenta uma nova barreira que pode resultar em cortes de produção e desemprego. Enquanto países como Canadá e México já se movimentam para buscar isenções, o Brasil assiste à decisão sem qualquer estratégia sólida de resposta.
Esse cenário escancara a fragilidade da diplomacia brasileira, que há anos se mantém refém de narrativas ideológicas em vez de adotar uma postura pragmática e assertiva no comércio exterior. O governo, sem um plano eficiente, agora tenta pressionar Washington, mas a experiência de 2018 mostrou que sem firmeza política e negociações hábeis, a tendência é um prejuízo irreversível.
A medida de Trump expõe o despreparo do Brasil em defender seus interesses no cenário global. Enquanto os EUA protegem sua economia, o Brasil se vê à mercê de decisões externas, sem liderança capaz de reverter prejuízos. Se nada for feito, o impacto pode ser ainda maior, atingindo outros setores e aprofundando a crise industrial do país.
