O governo Trump voltou a criticar as altas tarifas do Brasil em um relatório entregue ao Congresso americano, destacando a ineficiência da OMC na redução de desigualdades no comércio global. Segundo o documento, o Brasil aplicava uma tarifa média de 11,2% sobre importações em 2023, enquanto os EUA mantinham uma taxa de apenas 3,3%. O relatório aponta que a OMC, desde sua criação, pouco fez para equilibrar essas diferenças, permitindo que países estabelecessem barreiras protecionistas prejudiciais ao livre comércio.
A crítica não é nova. Em fevereiro, Trump já havia mencionado o Brasil ao justificar a taxação de 25% sobre aço e alumínio, em resposta ao aumento da compra de metais chineses pelo país sul-americano. O governo americano também reforçou que o Brasil cobra tarifas elevadas sobre produtos norte-americanos, tornando-se alvo das medidas de reciprocidade que Trump pretende ampliar. Para Washington, as regras da OMC precisam ser revistas para garantir maior justiça nas relações comerciais.
A postura firme de Trump reflete sua estratégia de proteger a indústria americana de práticas que considera injustas. O relatório não apenas expõe o Brasil, mas evidencia a fragilidade da OMC diante da disparidade tarifária global. Enquanto o governo americano defende um comércio mais equilibrado, países que se beneficiam de taxas elevadas resistem às mudanças, preferindo manter barreiras que limitam a concorrência e prejudicam o consumidor final.