O Tribunal Superior do Trabalho mantém contrato anual de R$ 8,6 milhões com a Renovar Engenharia para serviços domésticos nas casas de ministros, incluindo troca de lâmpadas, instalação de TVs e quadros.
Desde 2023, o contrato já soma R$ 15,7 milhões, com 11 aditivos. Documentos indicam que a empresa consertou cabo de rede na residência do ministro Alexandre Ramos e atendeu pedidos para “ajustar e realocar cama” com marceneiro e carregadores. O TST justifica a não divulgação detalhada por “questões de segurança”.
Além do contrato doméstico, o tribunal gasta R$ 1,5 milhão anual em sala VIP no aeroporto de Brasília e R$ 10,3 milhões em sedãs híbridos para ministros. Apesar de apartamentos funcionais, magistrados recebem auxílio-moradia de R$ 4,3 mil mensais.
A quantidade de aditivos levanta dúvidas sobre a necessidade real e o valor inicial da licitação. O uso de recursos públicos para manutenção particular gera debates sobre os limites de benefícios a magistrados em meio a restrições orçamentárias em outras áreas do setor público.