Documentos revelados por jornalistas franceses mostram que, em 2020, quatro ONGs custeadas pelo governo Macron moveram ações contra o Twitter sob a justificativa de combater discurso de ódio.
Os arquivos internos da plataforma, porém, indicam que o objetivo era desgastar sua imagem, e não alterar políticas de moderação.
A estratégia incluía pressão judicial e diplomática. Macron tentou contato direto com Jack Dorsey, então CEO do Twitter, por meio de carta entregue pelo cônsul francês. Em paralelo, o governo criou em 2021 a agência Viginum, oficialmente para combater desinformação, mas que expandiu suas ações.
Um relatório da Viginum sobre o TikTok chegou a influenciar eleições na Romênia, revelando o alcance das operações francesas de controle informacional.
As revelações integram os "Twitter Files", série que expõe tentativas de governos de manipular as redes sociais.