A recente epidemia de dengue, com mais de 3,3 milhões de infectados, revela uma falha crítica na administração pública: a redução drástica na contratação de agentes comunitários de endemias, essenciais no combate ao Aedes aegypti. Em 2023, apenas 822 novos agentes foram contratados, uma queda de 83% em relação ao ano anterior, quando a crise ainda não era iminente.
Essa negligência, especialmente em um ano pré-eleitoral, demonstra um descaso com a saúde pública que não pode ser ignorado. O Ministério da Saúde, mesmo prevendo um verão de altas temperaturas devido ao El Niño, cortou verbas para campanhas de alerta e não coordenou adequadamente com os municípios.
A situação exige uma revisão urgente das políticas de saúde pública para garantir que erros semelhantes não se repitam. A eficácia na gestão da saúde pública é crucial e deve ser prioridade para o governo, assegurando que a proteção da população não seja comprometida por falhas administrativas ou falta de recursos.