O acordo comercial entre União Europeia e Mercosul foi novamente adiado, agora para janeiro de 2026, após decisão anunciada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas. A mudança de posição da Itália, que se juntou à França na oposição ao tratado, inviabilizou qualquer avanço no curto prazo.
O revés surpreendeu o presidente Lula, que admitiu publicamente não esperar resistência do governo italiano. A pressão interna na Europa pesou: milhares de agricultores protestaram nas ruas de Bruxelas com tratores, temendo a concorrência de produtos brasileiros mais baratos e com regras ambientais distintas.
Von der Leyen afirmou que Lula concordou com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, em adiar a assinatura. Nos bastidores, o chanceler Mauro Vieira tentou pressionar os europeus ao afirmar que “a janela de oportunidade é agora”, mas o discurso não surtiu efeito. As negociações se arrastam há 26 anos e, mais uma vez, o Brasil sai de mãos vazias.