A União Europeia decidiu antecipar para o primeiro trimestre de 2026 o fim da isenção de impostos sobre pequenas encomendas, movimento semelhante ao que ocorreu no Brasil com a chamada “taxa das blusinhas”. A medida foi aprovada pelos ministros das finanças do bloco diante da crescente entrada de produtos de plataformas chinesas como Shein e Temu, vista como fator de desequilíbrio competitivo no mercado europeu.
Inicialmente prevista apenas para 2028, a mudança foi acelerada após pressão de países como França e Dinamarca. Representantes do bloco afirmaram que a regra atual cria “brechas exploradas sistematicamente” e prejudica a concorrência local. Para os defensores da taxação, a cobrança unificada é tratada como etapa necessária para proteger o comércio interno.
Os Estados Unidos já haviam avançado na mesma direção ao instituir, em agosto, tributação sobre pacotes de baixo valor. Com isso, Europa e EUA alinham políticas para conter distorções no varejo digital e reduzir a vantagem fiscal das plataformas asiáticas, reforçando a tendência global de maior controle sobre importações de pequeno porte.
