Universidades federais de todo o país têm adotado medidas emergenciais diante da redução no orçamento repassado pelo governo federal. Instituições como a UFRJ, Ufal e UFRGS relataram cortes em despesas com manutenção, transporte, equipamentos e serviços terceirizados. A mudança no calendário de repasses, que agora ocorre em maio, novembro e dezembro, tem exigido adaptações na gestão financeira.
A reitoria da UFRJ informou que precisou reorganizar os gastos para preservar a sustentabilidade da instituição. Na UFRGS, negociações com fornecedores têm buscado manter o funcionamento do restaurante universitário. Os reitores priorizam a assistência estudantil, especialmente voltada a alunos beneficiados por programas de inclusão, como cotas e bolsas permanência.
Segundo dados do Painel do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, houve uma redução de cerca de R$ 218 milhões no orçamento discricionário das universidades e institutos federais em 2025. Em nota conjunta, a Academia Brasileira de Ciências e a SBPC manifestaram preocupação com os impactos da nova política de repasses sobre o funcionamento das instituições e a continuidade das atividades de ensino e pesquisa.