Em uma atitude que gerou debates, o governo Lula optou por recusar uma oferta significativa de auxílio do Uruguai destinada ao socorro das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A ajuda, composta por duas lanchas motorizadas, dois drones e um avião de transporte Lockheed KC-130 H Hercules, foi dispensada sob a alegação de que "não eram necessários no momento".
Esta decisão, conforme relatado pela Folha de São Paulo, veio após uma solicitação do governador Eduardo Leite, que procurava reforços externos para enfrentar a emergência causada pelas enchentes devastadoras. José Henrique Medeiros Pires, secretário-executivo do governo gaúcho, afirmou que o comando operacional local considerou os recursos oferecidos como supérfluos.
Contrariamente à justificativa do Ministério da Defesa, que citou restrições de pista em Porto Alegre, Pires destacou que outros aeroportos no estado poderiam acomodar a aeronave uruguaia. Essa recusa levanta preocupações sobre a eficiência e a rapidez da resposta às necessidades imediatas dos cidadãos afetados pela tragédia.
Enquanto o Brasil declinava a ajuda uruguaia, a Argentina avançava com uma oferta abrangente de apoio logístico, incluindo militares, equipamentos de resgate e purificação de água, mostrando uma disposição altruísta para auxiliar o país vizinho. Esta divergência nas respostas internacionais destaca uma oportunidade perdida pelo governo Lula em mitigar prontamente os impactos do desastre natural.