Uso do TSE para apurar ameaças a Moraes pode invalidar provas e livrar suspeitos

Procedimentos informais podem comprometer a validade das investigações

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Uso do TSE para apurar ameaças a Moraes pode invalidar provas e livrar suspeitos
Foto: Antonio Augusto/STF

A recente revelação de que um perito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consultou informalmente sistemas da Polícia Civil de São Paulo para identificar vazamentos e ameaças ao ministro Alexandre de Moraes levanta sérias questões sobre a validade da investigação. Segundo informações, o perito Eduardo Tagliaferro, do TSE, acessou dados sigilosos sem seguir o rito legal, o que pode levar à anulação da investigação. Delegados consultados destacam que tais práticas violam normas legais e podem abrir brechas para contestações judiciais.

Mensagens de WhatsApp mostram que Wellington Macedo, policial militar responsável pela segurança de Moraes, solicitou a Tagliaferro relatórios com dados pessoais do ministro e seus familiares. A falta de formalização adequada e a utilização de senhas obtidas informalmente indicam possíveis irregularidades no processo. Delegados alertam que sem a instauração formal de um inquérito, as provas obtidas podem ser questionadas, comprometendo toda a investigação.

Especialistas apontam que, para garantir a integridade das investigações, é crucial que procedimentos sejam seguidos conforme a lei. Qualquer falha nesse processo pode resultar na anulação das provas e na inviabilização das ações judiciais subsequentes.