Na abertura do ano legislativo, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), posicionou-se firmemente contra o que muitos veem como excessos do Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu discurso, ele anunciou que o Congresso debaterá pautas cruciais, destacando-se a discussão sobre decisões judiciais monocráticas, mandatos dos ministros do STF e a reestruturação de carreiras jurídicas, uma clara demonstração de compromisso com a justiça e a transparência.
Pacheco, ecoando os anseios de lideranças conservadoras, prometeu combater privilégios e adentrar temas de profunda relevância nacional. "Combateremos privilégios e discutiremos temas muito relevantes, como decisões judiciais monocráticas, mandatos de Ministros do Supremo Tribunal Federal e reestruturação de carreiras jurídicas, considerando as especificidades e a dedicação exclusiva inerentes ao Poder Judiciário", afirmou, marcando um momento de inflexão em relação à dinâmica entre os Poderes da República.
Este movimento ganha ainda mais peso diante das recentes pressões sobre o presidente do Congresso, especialmente após ações controversas da Polícia Federal contra figuras proeminentes do espectro político conservador, como os deputados do PL, Carlos Jordy (RJ) e Alexandre Ramagem (RJ). A resposta legislativa veio na forma de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada no Senado para limitar decisões monocráticas dos ministros do STF, um projeto que agora busca avançar na Câmara.
Além dessas questões judiciais, Pacheco abordou a reformulação do sistema eleitoral, contemplando debates sobre a duração de mandatos e a viabilidade da reeleição. "Estaremos atentos à reformulação do sistema eleitoral, codificando preceitos que norteiem a justiça eleitoral, e avaliaremos, sempre junto à sociedade, temas como reeleição, coincidência e prazo de mandatos e formas de financiamento das campanhas eleitorais", ressaltou, apontando para uma profunda revisão das bases do sistema político brasileiro.
Adicionalmente, o presidente do Congresso sinalizou a importância de avançar na regulamentação da inteligência artificial e das plataformas digitais. A iniciativa visa equilibrar responsabilidades na difusão de informações, mitigando impactos negativos e ampliando os benefícios dessas tecnologias disruptivas para a sociedade. "É imperativo avançarmos na regulação da inteligência artificial e das plataformas de redes digitais, principalmente quanto à imposição de responsabilidades na veiculação de informações, a fim de mitigar externalidades negativas e potencializar benefícios à sociedade de tecnologias com potencial disruptivo exponencial", destacou Pacheco.
Este conjunto de medidas representa um esforço legislativo sem precedentes para restaurar o equilíbrio de poderes, reafirmar a soberania do Congresso e responder às demandas de uma sociedade que clama por justiça, eficiência e respeito às tradições democráticas. À medida que o Congresso avança nessas pautas, abre-se um novo capítulo na história política do Brasil, marcado pela busca de uma governança mais equilibrada, transparente e alinhada aos princípios conservadores e cristãos que formam a base moral e ética da nação.