Viagem ao Vaticano levanta debate sobre gastos e transparência

Deputados receberam mais de R$ 23 mil em diárias; governo omitiu nomes da comitiva oficial

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Viagem ao Vaticano levanta debate sobre gastos e transparência
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Seis deputados federais receberam juntos R$ 23.472,69 em diárias para acompanhar o presidente Lula na viagem ao Vaticano, durante a cerimônia fúnebre do papa Francisco. Entre os parlamentares estavam Hugo Motta (Republicanos), Reimont, Odair Cunha e Padre João (PT), Luis Tibé (Avante) e Professora Goreth (PDT). Os valores variaram entre R$ 3.730 e R$ 4.809 por até uma diária e meia, segundo o jornal O Globo.

Além do gasto com parlamentares, o Planalto divulgou uma comitiva oficial com 18 nomes, mas omitiu a presença de três integrantes: Rita Nolasco, Gleide Andrade (tesoureira do PT) e Gilberto Carvalho. A ausência desses nomes foi revelada pela Folha de S.Paulo e só confirmada após questionamentos da imprensa, sem que o governo explicasse o motivo da exclusão inicial.

A comitiva contou com representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, como o ministro Ricardo Lewandowski, o chanceler Mauro Vieira e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. A presença de aliados e figuras próximas ao governo reacendeu o debate sobre o uso de recursos públicos e os critérios de transparência em viagens oficiais.