As viagens internacionais realizadas por militares brasileiros ao longo de 2024 custaram R$ 45 milhões aos cofres públicos, gerando intensas críticas sobre a necessidade e os resultados dessas missões. Washington, Lisboa e Londres estiveram entre os destinos mais frequentes, somando milhões em capacitações, estudos estratégicos e cooperação internacional. Apenas três missões consumiram R$ 3 milhões, sendo destaque a missão acadêmica de Lisboa, que envolveu 45 estagiários e custou R$ 1 milhão.
As despesas chamam atenção não apenas pelos altos valores, mas também pela falta de informações detalhadas. O Ministério da Defesa omitiu dados importantes, como os meios de transporte usados e a identidade completa dos participantes. Além disso, o transporte de familiares representou custos adicionais, com R$ 670 mil gastos apenas no retorno de dependentes de Washington.
A polêmica reacendeu o debate sobre a urgência de maior transparência no uso de recursos públicos. Em um cenário de restrições fiscais, o peso desses valores exige explicações robustas quanto aos resultados práticos das missões. Até o momento, o Ministério da Defesa não se pronunciou, deixando dúvidas sobre a real proporcionalidade dos investimentos realizados.