No cerne das discussões acaloradas que pautam o cenário educacional brasileiro, o vídeo do jurista Uelton Costa emerge como um epicentro de críticas ao atual governo. A viralização de suas palavras no Instagram não é um mero acaso, mas um reflexo da indignação que aflige a comunidade acadêmica. "Você estudante da Universidade Federal da Bahia que fez o L, mas fez com muita força. Se senta aí na cadeira que ele vem apresentando o Papai Lula pra você", declama Costa em seu desabafo fervoroso. A situação da UFBA é alarmante, com um corte milionário que ameaça até mesmo os serviços básicos como água e luz, sob a gestão do presidente Lula.
Revisitar as palavras de Lula em um vídeo recente pode lançar luz sobre essa conjuntura: "E vocês percebem que quem ganha acima de 5 salários mínimo já tem dificuldade de morar, de votar na gente? É porque essa pessoa ficou ruim? Não! É porque, possivelmente, essa pessoa elevou um milímetro o padrão de vida dela, de aprendizado dela", afirmou o presidente. Uma fala que, interpretada sob uma lente crítica, sugere uma correlação entre educação e desalinhamento político, levantando questionamentos sobre os motivos por trás dos cortes na educação.
A Bahia, berço de uma das mais tradicionais universidades federais, hoje enfrenta uma realidade onde se posiciona como o segundo pior índice de educação do país, superando apenas o Maranhão, outro estado sob administração do Partido dos Trabalhadores. Este fato acende o debate sobre a perpetuação de uma gestão que não apenas falha em elevar a qualidade do ensino, mas parece estar confortável com o declínio.
Para os alunos da UFBA, a mensagem de Uelton Costa ressoa com uma ironia amarga. "Quando você chegar lá, tiver sem água e energia, faz o L, mas faz o L duplo, tá? De Lula e do Jerônimo, tá bom? Afinal, foi pra isso aqui que você fez o L, não é mesmo?". Essas palavras, embora carregadas de sátira, são um triste lembrete do preço que a educação brasileira está pagando.
O cenário descrito é um chamado para uma reflexão aprofundada sobre os caminhos que estamos trilhando como nação. Onde a educação, direito fundamental e pilar de qualquer democracia, encontra-se à mercê de jogos políticos e negligência. É imperativo que a sociedade civil, munida de consciência e conhecimento, exija mais e melhor para as gerações futuras, para que o legado deixado seja um de prosperidade e não de ruínas. A maturidade do eleitorado e a sua capacidade de discernimento serão, portanto, decisivos na reescrita desse capítulo da história educacional do Brasil.