A visita do Príncipe William ao Brasil, iniciada em 3 de novembro, inclui participação na COP30, em Belém, e no Earthshot Prize 2025, no Rio de Janeiro.
A agenda do duque de Cambridge tem foco em proteção da Amazônia, redução de emissões e soluções ambientais globais, sem encontros previstos com representantes do setor agropecuário, o que tem gerado apreensão entre produtores e associações do agronegócio.
Segundo lideranças do setor, o Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos e seu papel nas discussões sobre clima é central, mas a visita de William não contempla visitas a áreas produtivas nem diálogos com agricultores.
O setor teme que políticas ambientais internacionais possam ser promovidas sem considerar impactos sobre a produção e a economia rural brasileira, reforçando a percepção de que interesses globais se sobrepõem aos nacionais.
Especialistas ouvidos afirmam que, embora a agenda do príncipe seja estritamente diplomática e simbólica, a ausência do agro nas discussões da COP30 evidencia um descompasso entre conservação ambiental e desenvolvimento produtivo. Para o setor, incluir o agronegócio poderia enriquecer debates sobre sustentabilidade e fortalecer soluções climáticas que integrem produção e proteção ambiental.