Os irmãos Wesley e Joesley Batista, em Brasília, aguardam uma articulação do Ministério de Minas e Energia para se livrarem do pagamento de uma multa de cerca de R$ 1 bilhão imposta à Âmbar Energia, braço do grupo J&F. A penalidade foi aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) após a empresa descumprir um contrato emergencial fechado em 2021, que previa a construção de quatro usinas termelétricas durante a crise hídrica de 2020 e 2021.
Segundo o portal Uol, o ministro Alexandre Silveira ordenou que técnicos do ministério encontrem uma forma de evitar o pagamento integral da multa, contrariando o Tribunal de Contas da União (TCU), que votou unanimemente pelo arquivamento do processo. No entanto, o ministério tem autonomia para celebrar acordos independentemente da posição do TCU e decidiu continuar com as negociações.
Até o momento, tanto o Ministério de Minas e Energia quanto a Âmbar Energia não se manifestaram sobre o caso. A movimentação para evitar o pagamento da multa levanta questões sobre a influência política e as possíveis repercussões para a credibilidade das instituições envolvidas. A busca por um acordo reflete a complexa relação entre grandes conglomerados empresariais e órgãos reguladores, destacando o papel da política nas decisões que afetam a economia e o setor energético do país.