Em um movimento que levanta sérias questões sobre a integridade da Justiça Eleitoral, o ministro Cristiano Zanin, do STF, suspendeu a inelegibilidade do ex-governador Anthony Garotinho, permitindo sua candidatura nas eleições municipais. A decisão vem à tona após Garotinho ter sido condenado a 13 anos de prisão por compra de votos na Operação Chequinho, um escândalo que abalou o Rio de Janeiro. O ministro argumentou que as provas contra Garotinho foram obtidas de forma ilícita, ecoando uma controvérsia jurídica que já envolveu outros réus.
Essa liminar coloca em cheque o combate à corrupção eleitoral e levanta dúvidas sobre a eficácia do sistema judiciário. As condenações anteriores, que incluíam supressão de documento e coação de testemunhas, agora estão em suspenso, aguardando um veredito final. Críticos apontam que essa decisão pode enfraquecer o rigor da lei contra práticas que mancham o processo democrático, favorecendo figuras controversas e ressuscitando antigos problemas políticos.
Enquanto a decisão final não é proferida, Garotinho se beneficia de um sistema que, mais uma vez, parece favorecer a impunidade. A suspensão da condenação por Zanin abre precedentes perigosos e enfraquece a confiança da sociedade na Justiça Eleitoral, que deveria ser o bastião da legalidade em tempos de crise.