Em uma revelação que muitos considerariam audaciosa e até mesmo preocupante, José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, expressou em entrevista à CNN sua confiança em um extenso projeto de poder do Partido dos Trabalhadores (PT). Este plano, segundo Dirceu, se estenderia por um período de 12 anos, ancorado na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
Dirceu, ao refletir sobre o percurso do PT, disse: “Vai começar um processo de crescimento, eu sempre vejo de 8 a 12 anos, eu nunca vejo, porque a vida não é assim. Quando nós chegamos no governo eu disse que nós tínhamos que ter uma perspectiva de 20 anos e nós tivemos”. Ele sustentou que, não fosse o impeachment de Dilma Rousseff, o PT teria mantido o controle do Brasil por duas décadas.
Para a realização deste ambicioso projeto, Dirceu enfatiza a necessidade de formar um bloco social abrangente, indo além da esquerda e do PT, visando ao desenvolvimento do Brasil e à defesa dos interesses das classes trabalhadoras e médias. “É viável, é possível. Nós temos que construir esse projeto”, asseverou ele.
Ademais, Dirceu percebe as eleições municipais como um marco crucial para a expansão do partido, apesar dos obstáculos evidentes: “Não vai ser fácil o PT essa eleição agora, por exemplo, porque eu estou dizendo que eu quero como militante ajudar o Boulos? Porque é muito importante vencer em SP. Nós vamos crescer no Brasil todo”.
Ele sublinha a importância de eleger prefeitos e vereadores alinhados ao PT e seus aliados para estabelecer uma base robusta para futuras disputas legislativas e executivas. “A nossa presidente Gleisi está comandando o processo, o Humberto Costa está dirigindo o grupo eleitoral e eu acho que nós vamos conseguir”, concluiu Dirceu, demonstrando um otimismo que muitos interpretariam como evidência de uma agenda política excessivamente ambiciosa e potencialmente prejudicial à pluralidade democrática.