O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a falta de firmeza da declaração do G20 em relação à guerra na Ucrânia, apontando que o documento ignorou a responsabilidade russa. “Infelizmente, o líder do Brasil mostrou uma posição fraca nesta guerra”, afirmou Zelensky, referindo-se ao papel do presidente brasileiro nas negociações. Para o líder ucraniano, a ausência de um posicionamento contundente fortalece o agressor.
Zelensky também rejeitou o Brasil como possível mediador no conflito, afirmando que o país "não demonstrou sua voz durante o G20". Ele ressaltou que a postura do governo brasileiro favorece Vladimir Putin, ao não condenar explicitamente os ataques. Ainda assim, agradeceu o apoio do povo brasileiro à causa ucraniana, separando-o da posição oficial.
As tensões se agravaram após o Brasil assumir a responsabilidade pela redação do documento do G20, optando por não alterar os termos em resposta ao impasse diplomático. A decisão, criticada por líderes europeus e por Zelensky, reflete um distanciamento das demandas de Kiev, sinalizando escolhas estratégicas que impactam diretamente as relações internacionais do Brasil.