As empresas da Zona Franca de Manaus enfrentam desafios extremos devido à severa seca que atinge a região em 2024, com custos logísticos estimados em R$ 1,346 bilhão. Segundo o professor Augusto César Barreto Rocha, da UFAM, a falta de investimentos em infraestrutura agrava a situação. “A ausência de infraestrutura resulta em destruição ambiental e caos logístico,” destacou Rocha, reforçando que desenvolvimento e preservação devem caminhar juntos. A negligência das autoridades em priorizar soluções estruturais expõe a incapacidade de unir progresso e cuidado ambiental.
Além do impacto sobre a economia, a população ribeirinha enfrenta dificuldades ainda maiores. Em comunidades como Três Unidos, no rio Negro, a seca interrompe serviços básicos como aulas e atendimento médico, enquanto o acesso a insumos e mantimentos se torna inviável. Famílias indígenas relatam que as mudanças climáticas, somadas ao descaso governamental, comprometem sua subsistência. A Fundação Amazônia Sustentável tenta minimizar os danos com parcerias privadas, mas a carência de políticas públicas estruturais permanece evidente.
A necessidade de alternativas logísticas, como a pavimentação da BR-319 e hidrovias permanentes, é urgentemente citada pelos especialistas. Contudo, disputas políticas e ambientais atrasam essas obras há décadas. A crise na Amazônia reflete a ausência de governança eficiente, enquanto o sofrimento de comunidades e empresários exige soluções práticas, mas é ignorado por uma agenda ideológica que negligencia o potencial de equilíbrio entre progresso e preservação.