A Advocacia-Geral da União notificou, nesta terça (14), as plataformas Meta e TikTok, exigindo a remoção de postagens que associam a primeira-dama Janja a um suposto escândalo diplomático na Rússia. O governo sustenta que as publicações são “fake news”, mas a reação rápida e agressiva da AGU levanta dúvidas sobre a transparência da comitiva presidencial.
Segundo o documento, as postagens afirmam que Janja teria sido flagrada com dinheiro ilícito em malas e detida por autoridades russas. A AGU afirma que o conteúdo “compromete a legitimidade da missão diplomática” e ameaça com medidas judiciais, caso as redes não cumpram a ordem em 24 horas. Até agora, as plataformas não se pronunciaram.
Críticos apontam para a tentativa de controle narrativo por parte do governo, que prefere a censura ao debate público. O uso de mecanismos estatais para proteger figuras públicas, como a primeira-dama, desperta preocupação em setores que defendem a liberdade de expressão e a fiscalização popular sobre atos oficiais.
